É indiscutível que as relações entre Brasil e Estados Unidos mudaram com a ascensão dos presidentes conservadores Jair Bolsonaro e Donald Trump à chefia de Estado de seus países. Se durante os últimos 25 anos tivemos presidentes americanófobos como FHC, Lula e D. Dilma Rousseff, fica evidente que os EUA retribuem a mudança de rumos na nossa política externa com a grande deferência de Trump a Jair Bolsonaro.
Os dois maiores países do Ocidente têm muito em comum. Se foram as mais importantes colônias europeias do passado, tornaram-se em nossos dias as mais vigorosas democracias do Ocidente. Foram os EUA o primeiro país a reconhecer a independência política do Brasil em relação a Portugal e, desde 1889, o Brasil copiou a forma de governo presidencialista inventada pelos americanos.
A visita de D. Pedro II
Todavia, foi durante o Império do Brasil que governou o chefe de Estado brasileiro de maior sucesso entre os americanos. Sua Majestade o Imperador Dom Pedro II tornou-se muito conhecido na América após sua passagem por aquele país no ano de 1876, quando os americanos comemoraram o primeiro centenário de sua independência política em relação à Coroa inglesa.
A popularidade de Dom Pedro II foi tal que ele chegou a receber votos na eleição americana subsequente à sua visita àquele país sem que, obviamente, fosse candidato.
Getúlio e o contexto da Segunda Guerra
Depois de Dom Pedro II, seguramente apenas Getúlio Vargas recebeu maiores deferências dos EUA, mas devemos considerar o contexto da Segunda Guerra Mundial que lhe favoreceu.
Não assistimos um outro momento das relações bilaterais entre EUA e Brasil com tamanho entusiasmo de ambas as partes desde o velho ditador gaúcho. A deferência de Trump a Jair Bolsonaro, junta-se à de Roosevelt a Vargas e do povo dos EUA a Dom Pedro II como marcos da história dos dois países.
O que esta deferência indica hoje
Mas, o que isso significa para nós, brasileiros? Significa que ambos os países estão buscando um novo caminho, comum a ambos: onde os líderes políticos não têm a pretensão de impor seus projetos revolucionários e não se colocam acima de seus povos, mas sim ao lado da nação. Em ambos buscasse uma caminhada democrática harmônica, sem alimentar tensões sociais, sejam elas verdadeiras ou artificiais.
Enfim, o que vemos no Brasil e nos EUA são dois líderes que querem devolver o Estado ao serviço de seus povos e “descriminalizar” o culto a Deus na vida pública. Talvez seja essa a razão da importância deste momento histórico e da deferência que o Presidente do Brasil está recebendo e também com a qual trata nossos irmãos americanos.