É recorrente em discursos de lideranças conservadoras a necessidade de observar a experiência de outros países da América Latina que padece com governos socialistas.
“Vejam a Venezuela, Cuba, a Bolívia, o Chile, a Argentina. É isso que vocês querem para o Brasil?”, indagam eles, com razão.
Curiosamente, fiz uma descoberta que serve como mais uma indicação de nossos países vizinhos do perigo que estamos correndo.
A maioria dos povos nativos que viviam em territórios correspondentes a alguns de nossos vizinhos andinos, como Peru, Bolívia, Chile e Equador, falavam a língua quechua. Assim como muitos de nossos nativos brasileiros falavam o tupi.
E, percebam a sabedoria clarividente desses povos que estão no nosso continente desde bem antes dos nossos antepassados ibéricos chegarem: na língua quechua, o verbete correspondente à mentira é o termo “llulla”.
Desde tempos imemoriais os sábios nativos de língua quechua já sabiam que Llulla é o mesmo que mentira, mentiroso, farsa, farsante.
À parente portuguesa “lula” é dado o significado correspondente a um molusco cefalópode. Mas a experiência política brasileira já deixou claro para boa parte da população que o termo também tem no Brasil a mesma significação da língua quechua.
O que nos espanta é que ainda existam brasileiros resistentes às lições da nossa própria experiência e da língua dos povos nativos do oeste do nosso continente.