Quem lê este blog com frequência já conhece a minha interpretação do modo Bolsonaro de governar. A principal característica da ação político-administrativa do Governo Federal sob Bolsonaro é a aplicação real do princípio do interesse público nos atos administrativos e nos posicionamentos políticos de Bolsonaro no uso de suas atribuições.
Essa conclusão é baseada na observação da atuação do Presidente de forma direta, sem o filtro da leitura que fazem o noticiário e os opinadores da grande imprensa. Estou certo de que se Bolsonaro seguir assim até o final de seu mandato, qualquer pesquisador sério no futuro concluirá o mesmo ao estudar essa quadra da vida política do Brasil.
Este episódio do alto preço dos combustíveis é um exemplo de almanaque do que relatei acima. Bolsonaro reconhece a dificuldade que o combustível caro impõe à cadeia produtiva, à distribuição da produção, à alimentação e à vida cotidiana dos brasileiros.
Ao contrário da interpretação desonesta dos seus detratores, não age de forma populista. Bolsonaro não reagiu como Dilma Rousseff o fez baixando a tarifa da energia elétrica numa canetada. Em suas lives e redes sociais, o Presidente vem esclarecendo e promovendo um debate sobre as razões do preço do combustível estar tão alto.
Ao colocar as cartas na mesa, coloca o problema de forma transparente e convida todos os envolvidos na formação do preço a um entendimento.
Esse episódio resume bem as dificuldades vividas por Bolsonaro na sua gestão. Ele quer desatar os nós e resolver os problemas que impedem o desenvolvimento econômico e social do país. Mas não depende apenas da caneta dele.
Ao pautar os temas é acusado de populista, apesar de buscar uma saída madura e consensual para o problema, não recebe a colaboração das outras partes e ainda é atacado por sua prática correta.
É por isso que Bolsonaro dessa vez fez um apelo ao povo: eu preciso que vocês me ajudem a lutar por vocês, eu estou sozinho. “Preciso de vocês nessa empreitada”.
Traduzindo em termos simples, podemos dizer que hoje o povo tem na Presidência da República um advogado dos seus interesses. Mas esse advogado enfrenta juízes e réus poderosíssimos. Se o povo não brigar junto com Bolsonaro, vai perder uma oportunidade que não terá novamente.