Os ataques ao Presidente da República Jair Bolsonaro na grande imprensa têm passado de todos os limites. A posição de Presidente do Brasil dá ao indivíduo que a ocupa o dever de tolerar críticas à sua atuação no cargo, isso é fora de questão. Qualquer personalidade pública está sujeita às críticas por sua atuação profissional. Mas o que temos visto não é um ataque à administração e aos seus atos, apenas. Bolsonaro tem tido sua própria dignidade como pessoa humana desrespeitada de forma vil, covarde e desproporcional. A mídia se consagrando como o verdadeiro gabinete do ódio
A condição humana garante o respeito e a dignidade aos indivíduos, independente do juízo que se faça deles e mesmo de quem sejam e do que façam. Não gostar de alguém não garante a ninguém, ainda mais de forma pública e extensiva, desrespeitar os direitos e garantias individuais de outra pessoa.
Já assistimos a ostensivos pedidos de que Bolsonaro seja assassinado ou mesmo a torcida para que seja vítima de doenças fatais. Já cansamos de ver a propagação de ideias violentas relacionadas à pessoa do Presidente do Brasil, chegando ao cúmulo de vermos à reprodução “artística” da cabeça de Bolsonaro morto sendo celebrada por pessoas públicas sem nenhuma censura dos mesmos formadores de opinião que não deixam passar qualquer fala censurável do próprio chefe do Executivo.
As reações odiosas a Jair Bolsonaro mostram que a indignação com sua postura nas diversas ocasiões em que ele se excede não se trata de indignação com o ato em si, mas com a pessoa e com suas ideias. A desproporcionalidade nas críticas a Lula e Bolsonaro mostra isso de forma inequívoca. Lula pode falar e comandar as maiores atrocidades, pode se aliar aos piores indivíduos como Manuel Marulanda, Hugo Chavez, Nicolas Maduro, Fidel Castro e o diabo que, ainda que os formadores de opinião rejeitem essas figuras, a crítica vem branda, quando vem.
Essa é a desmoralização da grande imprensa que fortalece Bolsonaro entre os que enxergam as contradições e a desproporcionalidade do tratamento que ele recebe. Não há como negar que Bolsonaro incomoda mais do que qualquer outro, ainda que seus atos equivocados sejam incomparavelmente menos danosos ao país do que foram e são o de outras autoridades, como ministros do STF que colocam na rua criminosos da pesada ou ex-presidentes que comandaram esquemas de corrupção que entrarão nos anais da história humana como recordes da bandidagem oficial.
A própria ideia de que Bolsonaro é responsável pelas mortes por COVID-19, a ideia de que o Brasil é uma tragédia no combate ao vírus e de que essa tragédia é obra dele e, pior, de que a economia vai mal devido aos efeitos da pandemia por incompetência do seu governo, mesmo tendo ele alertado desde o começo que as medidas ditatoriais de governadores e prefeitos iriam quebrar o país, tudo isso é o batom na cueca de que essa histeria coletiva da grande mídia é choro e ranger de dentes por prejuízos pessoais ou corporativos e não zelo com o país e sua população.
Há sim o que criticar no Governo Bolsonaro. Lógico que há. Tenho certeza de que se as críticas fossem feitas dentro da razoabilidade, teríamos um dentre dois cenários: elas poderiam ter sido acolhidas com tranquilidade pelo governo e corrigidas ou poderiam ter colaborado para que a imprensa visse seu sonho realizado de forma honesta com um prejuízo grande à imagem do Presidente que ainda não chegou como querem nos fazer crer.
Mas a mentira, as distorções, os exageros e a desproporcionalidade garantem a Bolsonaro uma blindagem de popularidade, dificultam a correção dos erros do governo e mantém um quadro de polarização além do razoável que só prejudica o país. Bolsonaro não é santo, seu governo não é perfeito, mas é indiscutível que compará-lo ao diabo e aos piores indivíduos que já existiram é apenas e tão-somente indignação seletiva contra um indivíduo, aos princípios que defende, além, obviamente, de gritaria contra tudo aquilo que ele combate: privilégios corporativos no orçamento do Estado, mamatas de artistas e grupos de mídia e a agenda anticristã e globalista.