Você deve estar se perguntando: em campanha? Como assim?
Uma vez eleita a chapa Bolsonaro/Mourão, o general só tem diante de si um obstáculo para chegar à Presidência: Jair Bolsonaro.
Vendendo simpatia para a imprensa, falando o que muitos querem ouvir e fazendo acenos até para a Esquerda, Mourão vai vendendo o seu peixe e deixando claro que, se for preciso, ele está ali e disposto a jogar o jogo conforme as regras pré-bolsonarianas, ou seja, aceitando sujeitar-se a certos senhores para quem Bolsonaro não acende vela.
E quem são os “eleitores” a partir de agora? Os muitos vetores de poder na política e fora dela que podem em um futuro breve enxergar uma combinação de oportunidade/conveniência para tirar Bolsonaro da cadeira presidencial.
Engana-se quem acredita que Mourão seja um fiador para Bolsonaro e que tirar o Presidente signifique piorar as coisas ainda mais para quem não presta nesse país. Esqueçam isso. Com todos os seus muito defeitos, não existe nenhuma liderança política no país mais disposta a ser um problema para aqueles que atrapalham o desenvolvimento, o bem estar e a justiça no Brasil. Não se trata absolutamente de uma idolatria, de um culto a um político, mas sim um diagnóstico evidente do atual quadro político do país e até quando analisado em perspectiva histórica.
Resumindo a mensagem desse post: parece-me claro que muitos daqueles que hoje vivem ameaçados de perder privilégios de toda natureza com a audácia do Governo Bolsonaro terão em Hamilton Mourão o compromisso de diminuir seus prejuízos caso eles trabalhem para uma queda de Bolsonaro.