Talvez ainda seja cedo para afirmar isso, mas vou arriscar: parece-me claro que o Presidente Bolsonaro está adotando um critério diferente na condução das suas prerrogativas institucionais. No Brasil, onde adotamos a pior forma de governo do mundo – por escolha (e culpa) do povo, diga-se de passagem – o presidente da República acumula a função de chefia de governo com a de chefe de Estado.
A julgar pelos primeiros dez dias e por certos posicionamentos do Presidente desde a campanha, acredito que ele vai delegar as funções de governo ao seu “conselho de ministros”, apenas cobrando resultados e dando orientações de acordo com seus compromissos com o eleitor e vai ser mais um chefe de Estado, cumprindo compromissos militares, recebendo as representações diplomáticas, com viagens ao exterior, recebendo chefes de Estado, enfim, aquelas funções que nos regimes parlamentaristas cabem ao Presidente da República ou ao Rei e não ao primeiro-ministro.
É uma postura correta, considerando que ele confessadamente desconhece a parte técnica da governança. A conferir.
Tenho a mesma impressão que o amigo