O apoio ao Presidente Bolsonaro é essencialmente popular. Ele não tem a mídia, não tem o grande capital, não tem partido, não tem apoio no Congresso e ainda tem contra seu governo os interesses de grupos como o STF, como o crime organizado e a Esquerda.
O poder popular só pode se manifestar nas urnas, nas ruas ou na internet. Nas urnas, Bolsonaro foi eleito. Mas eleições gerais só em 2022 agora. Restam as ruas e a internet, onde Bolsonaro sempre foi bem. Mas seus inimigos já arrumaram uma forma de tirar dele esses dois alicerces.
RETIRAR A VOZ DA MILITÂNCIA NAS REDES SOCIAIS
Ao criar a fake news de que existe um gabinete do ódio e propagadores de fake news, o establishment justificou as ações ilegais contra apoiadores bolsonaristas que tinham grande prestígio e influência nas redes sociais. Esses formadores de opinião tinham força para engajar a fatia popular de apoio ao presidente e colocar povo na rua, bem como incentivar manifestações populares na internet.
Ao apreender aparelhos eletrônicos dessas pessoas, o inquérito ilegal de Toffoli/Alexandre de Moraes busca desmobilizar as redes favoráveis a Bolsonaro, bem como achar alguma coisa que possa instruir a cassação da chapa de Bolsonaro-Mourão no TSE.
A ação no TSE está aguardando elementos que justifiquem a acusação que já está pronta, mesmo sem quaisquer indícios. É mais ou menos como se definíssemos que alguém é assassino mesmo sem ter matado ninguém e fôssemos atrás de um cadáver para colocar na conta da pessoa.
Outra medida que visa enfraquecer a voz bolsonarista nas redes é o projeto de lei que está sendo pautado a toque de caixa no Senado e visa censurar as mídias sociais.
RETIRAR A MILITÂNCIA DAS RUAS
O erro tático dos bolsonaristas de convocar uma manifestação apressada e sem tempo de divulgação e organização para o último domingo (31/05) foi um prato cheio para o establishment. À exceção de Brasília, onde as manifestações bolsonaristas já vêm ocorrendo há semanas com consistência, além de ser uma cidade muito mais segura, foi um erro infantil convocar manifestações no Rio e em S. Paulo, por exemplo.
A presença de uns poucos bolsonaristas permitiu a organização de milícias antibolsonaristas autointituladas antifascistas que distribuíram meia dúzia de pancadas nos apoiadores do Presidente e já prometeram que não permitirão mais que bolsonaristas tenham paz para se manifestar nas ruas.
Ainda que a ameaça seja vã, os pais vão continuar levando seus filhos para apoiar Bolsonaro diante do risco de encontrar pelo caminho ex-presidiários, traficantes, criminosos de toda ordem que prometem agir com violência contra apoiadores do presidente? As senhoras e senhores de idade irão para as ruas depois das cenas de ontem em que bolsonaristas foram espancados por meia dúzia de bandidos?
NEGAR OS FATOS É O PIOR CAMINHO. É PRECISO REORGANIZAR AS BASES E A ESTRATÉGIA
Os bolsonaristas precisam se reorganizar e não negar o que está claramente ocorrendo diante dos nossos olhos. Arroubos de coragem virtual também pouco adiantam. O que é necessário é reorganizar as bases na internet, ter coragem de ir para as ruas sem as famílias, mas ao menos os homens.
O golpe está em curso (conforme descrevemos em outro artigo) e a única resistência possível, a do povo, está sendo calada. O preço da liberdade é a eterna vigilância. É preciso reagir com inteligência e método. É preciso um comando que reorganize o que até agora funcionou de forma espontânea e até um pouco caótica no apoio ao Presidente. Resta pouco tempo para o golpe ser dado. Temos que correr e impedir que os bandidos voltem ao Palácio do Planalto.