Decidi escrever este artigo para a última edição do Correio da Lavoura no ano de 2021 para relembrar das perdas que tivemos nos últimos dois anos na nossa cidade. Caminhadas que se encerraram depois de tantos passos dados nesta terra iguaçuana.
Pela COVID-19 ou não, impressionante é o número de pessoas que nos deixaram nesse período. Foram muitas e eu quero recordar delas como uma última homenagem neste 2021, na esperança de que a partir de 2022 a vida tome um rumo mais tranquilo.
Particularmente para mim, as perdas não poderiam ter sido mais significativas. Perdi minhas duas avós, as duas aos 90 anos: Dona Aninha e Dona Leila Rachid, iguaçuanas natas, repositórios da história desta cidade. Nenhuma das duas de COVID-19.
Também perdi meu amigo Robinson Belém de Azeredo, editor do Correio da Lavoura em 2020. Outro grande amigo e irmão nos deixou neste ano, o Dr. Márcio Domingues Arydes, médico e ser humano inigualável.
A muito estimada e generosa Idalina Quintela parece inaugurou essa atípica e numerosa procissão iguaçuana para o Céu em dezembro de 2019. Depois dela, quantas perdas!
O querido Mauro Rego também não aguentou de saudades dos seus amigos Evaldo e Zimere, outras perdas do período, e foi ao encontro deles. Jerry Simões e Matteo Paladino também nos deixaram mais recentemente, saudosos dos amigos.
Os ex-prefeitos Nelson Bornier e Chico Amaral, o ex-presidente da OAB, Dr. Jurandir Ceulin, o ex-deputado José Cardoso Távora e o ex-secretário de Fazenda, Luizinho Mayhe, o Pe. Luiz França, o ex-bispo diocesano D. Werner Siebenbrock, o médico Dr. Emerson Luiz da Costa. O ex-presidente do Country Club, João Figueiredo.
O jornalista Rafael Marinho e o amigo Sidnei Neves, o Dinei. Maria José Gouveia. Beta, irmã do Gabriel Barbosa, Dr. Abdala Assad Warrak, Samir Seoud, Bacalhau do Sogaleto, Luigi Gaudio, Tatiana Paixão, Antônio César Girão Sgarzi,
Dona Ângela Guimarães, Dona Miriam Somma, Dona Syldira Baroni, Dona Mariazinha Braga, Dona Fátima, esposa do Cid Omar, Dona Tereza Mendes, Dona Lis Borghi, Dona Margarete Jardim, Dona Sônia Façanha e Dona Rosinha Távora.
O querido amigo tricolor Daniel Somma e o jovem Antônio Taboada, que Deus os acolha em bom lugar. Alexandre da Tercasa, Dra. Adriana Guimarães, Dr. Edison Matos, o queridíssimo Raimundinho do Cartório, lenda viva de Nova Iguaçu e outro não menos lendário: Nilson Leiteiro.
Eu mesmo quase que entrei nessa relação por causa da COVID-19, mas escapei após uma temporada no CTI. Escapei, mas como uma das sequelas ficou uma perda de memória tremenda. Dizem que passa, espero que sim. Ajudou-me a lembrar de alguns nomes o amigo Marcelo Reis a quem agradeço. O que não vai passar é a saudade e a falta que essa turma fará para Nova Iguaçu.
Obrigado a todos eles pelo bem que fizeram, que Deus os perdoe dos erros eventuais para que todos nós possamos nos reencontrar na Eternidade se formos merecedores desta Graça. Estendo minha homenagem às perdas iguaçuanas que minha memória negligenciou e àquelas pessoas que não conheci.