O ex-presidente (e, também, ex-presidiário) Lula foi investigado, denunciado, julgado e novamente julgado por tribunais revisores. Sua condenação e culpa são incontestáveis. E a própria defesa de Lula comprovou isso quando optou pelo único caminho possível para livrar o “capo”: a política.
Lula se livrou dos processos que fizeram justiça contra seus malfeitos e, consequentemente das suas condenações, única e exclusivamente por meios políticos. Desde o fim da prisão em segunda instância até a alegação da incompetência de foro da vara federal de Curitiba, as chicanas jurídicas que livraram Lula de suas penas tiveram muito de política e nada de Direito.
A Suprema Corte que livrou o ex-presidiário dos seus delitos e de suas penas é formado majoritariamente por indicados de Lula e de sua empregada Dilma, quando ambos eram presidentes. A coisa é escandalosamente clara para que não se enxergue. Lula é inegavelmente culpado e precisou de um manejo político para fugir da cadeia.
GRANDE PARTE DA SOCIEDADE ACEITA SER CÚMPLICE
A sociedade brasileira é uma sociedade de aparências. Não importa essencialmente se as pessoas são honestas, ou competentes, por exemplo. Se elas cumprem certas formalidades que geram um status positivo qualquer, isso basta.
Também somos uma sociedade tolerante demais com o erro, com o desvio de conduta. O Brasil um país heterogêneo com tudo o que isso tem de bom e de ruim. Inclusive, a multiplicidade de códigos morais.
No país em que é sinal de status tirar foto com bicheiros e postar nas redes sociais, em que alguns jovens sonham ser traficantes, não é apenas a classe média e os mais pobres que operam nessa moralidade flexível. É sobretudo o andar de cima.
Bastou cumprir a formalidade de ter declarada a incompetência do foro de Curitiba para julga-lo e Lula voltou a ser tratado como um líder político legítimo pela grande imprensa, pelos empresários, pelos investidores, por líderes religiosos e todas as demais categorias da elite nacional.
Se Lula não é mais formalmente um bandido por conta da chicana jurídico-política que o livrou de seus processos, ele continua o sendo em essência. Fatos são fatos. E falamos aqui de fatos julgados em processos revisados por cortes superiores.
Lula foi o beneficiário político do mensalão. O governo de suas preposta foi o beneficiário do petrolão. Na conta bancária de sua finada esposa havia mais de 200 milhões de reais após sua morte, embora fosse essencialmente uma senhora de prendas domésticas. Sua defesa exige na Justiça a devolução do dinheiro do triplex que ele dizia não ser dele. Etc, etc, etc.
“Lula mistura política com dinheiro”, disse certa vez Ciro Gomes, que agora diz que não falou isso. O ex-governador do Ceará é mais um integrante da elite que preferiu sucumbir às aparências, a despeito de Lula ser um adversário de sua pretensão presidencial. Exemplos não faltam.
O RESPEITO POLÍTICO A LULA É UMA INDIGNIDADE
Não acredito nos institutos de pesquisa do Brasil, que “erram” sem qualquer pudor, como ocorreu em 2018 de forma escandalosa. Mas, é inegável que Lula tem potencial de votos para disputar uma eleição presidencial. E isso basta para revelar pela bilionésima vez a flexível moralidade brasileira do goleiro ao ponta-esquerda. Dos ricos aos humildes.
Considerar votar em Lula para presidente é uma grande indignidade. A tolerância com a legitimidade da liderança política de Lula é sinal da imoralidade que nos corrói como país.
E o problema não é apenas Lula vencer uma eleição. Não é apenas disputar uma eleição. O problema é Lula continuar a ser ouvido e tratado como uma liderança legítima por parte da sociedade brasileira.
Essa indignidade da jovem nação brasileira que ainda não se encontrou na história é triste e precisa ser policiada para nos corrigirmos. Somos uma sociedade heterogênea que não encontrou um mínimo denominador comum de valores. Jogar na lata de lixo da história pessoas como Lula é algo básico para nos consolidarmos como uma civilização.
O Lula não é só isso, Lula atualmente é o terror da humanidade e é um bilhão de vezes pior do que o pior bandidos que já existiu na face da terra até hoje.