No show da cantora Madonna ocorrido neste sábado, 4 de maio, havia pessoas concentradas para assisti-lo desde o palco, localizado em frente ao Copacabana Palace, até quase a Avenida Princesa Isabel.
O trecho em que estava o público tinha 590 metros de comprimento por 180 metros de largura (considerando da linha do mar até à linha dos prédios).
Sem descontar as árvores, postes, quiosques, canteiros e demais elementos que ocupam espaço e não deveriam ser contabilizados, temos 106.200 metros quadrados.
Se em cada metro quadrado havia 9 pessoas, o que é um número exagerado, mas dando de barato que era essa a quantidade de pessoas por m2, sem descontar o que seria preciso descontar de áreas ocupadas, enfim, se houvesse desde a arrebentação do mar até as grades dos edifícios um bloco de pessoas espremidas na ordem de 9 por metro quadrado, ainda assim, só poderia haver 955.800 seres humanos.
Nessa hipótese exagerada e absurda, já há uma diferença de 644 mil e 200 pessoas para o número que, desavergonhadamente, toda a imprensa tem divulgado de 1 milhão e 600 mil pessoas.
Como é evidente que não ocorreu aquele cenário de um bloco da ordem de 9 indivíduos por metro quadrado desde os prédios até o mar, então, é provável que não houvesse nem mesmo a metade do que está sendo divulgado pela imprensa. Se calcularmos 6 pessoas por metro quadrado, teríamos 637.200 pessoas.
Esse é um exemplo indiscutível, física e matematicamente comprovado, de uma informação falsa que a imprensa nacional, divulga sem apurar. Os dados são da Riotur, mas foram divulgados sem apuração por toda a mídia mainstream neste domingo. E o número falso já sustenta a divulgação de um falso recorde: de que seria o maior público da história de uma artista do sexo feminino.