O ambiente de negócios em Nova Iguaçu está cada vez mais asfixiante. Esse cenário não é novo, mas piorou consideravelmente com o atual prefeito. Manter um negócio em nossa cidade é tarefa de heroísmo. Empreender um novo negócio por aqui é algo que só um desavisado faria neste momento. O ambiente é hostil, perverso e desestimulante aos novos investimentos.
A DESUMANA CONSEQUÊNCIA
As consequências disso são terríveis. A pior é no emprego. Dados do CAGED mostram que fomos uma das cidades do Brasil que mais perderam vagas de emprego em 2019, um ano em que houve retomada do crescimento dos postos de trabalho no país.
No Estado do Rio estamos em segundo lugar em déficit de vagas de trabalho, atrás apenas da capital. Proporcionalmente, porém, estamos folgados na dianteira desta triste estatística, pois a Cidade do Rio de Janeiro tem oito vezes a nossa população. A maioria absoluta das cidades teve saldo positivo. Não resta dúvida que temos o pior ambientes de negócios do Estado do Rio.
Como efeito, a extinção de postos de trabalho na cidade obriga o morador de Nova Iguaçu a ir buscar emprego fora da cidade, aumentando ainda mais a massa de trabalhadores iguaçuanos obrigados a passar de cinco a seis horas do seu dia nos pontos e nos ônibus que levam e trazem nossa gente para o Rio e para suas casas.
UM MAU NEGÓCIO PARA TODOS
Todo mundo perde com isso. Perde o trabalhador que vê-se obrigado a abrir mão de grande parte do seu dia, privado de ficar com a família, deixando de estudar, de praticar esportes ou de ter momentos de lazer. Perdem muitos empregadores que, instalados na capital, têm que aumentar suas despesas com a folha de pagamento com caríssimas tarifas de transporte sem que essa despesa importe em benefício para o trabalhador. Perde a economia de Nova Iguaçu, pois toda essa massa trabalhadora acaba por gastar parte de sua renda no comércio da capital, onde está no horário comercial.
A INDIFERENÇA DO PREFEITO
Essa situação é uma tragédia para Nova Iguaçu. Todavia, resolvê-la está longe de ser uma prioridade para o Prefeito Rogério Lisboa que, desde que assumiu, se esmera em piorar mais e mais o já pouco atrativo ambiente de negócios da cidade. Rogério não facilita a vida do empreendedor que queira investir na cidade. Qualquer serviço relacionado à atividade econômica obriga o interessado a passar horas em filas e meses na dependência de liberações de alvarás, guias e outros documentos.
Lisboa também já aumentou o ITBI, mantém o ISS no teto, conserva caótico o trânsito da cidade, tornando inviável a circulação razoável de bens e pessoas, a cidade é imunda, especialmente nas zonas de comércio e agora teve a inacreditável ideia de fazer aprovar uma lei que cria um fundo de incentivo à multa para os fiscais da Prefeitura, que serão premiados à medida que mais esfolarem as empresas e empreendimentos instalados a cidade.
É IMPOSSÍVEL PROSPERAR SEM PRODUZIR RIQUEZAS
Como uma cidade pode prosperar sem políticas públicas para o desenvolvimento econômico? Alguém já viu avanço sem produção de riquezas? O que se espera da Prefeitura não é a intervenção na economia para o desenvolvimento, é precisamente o contrário: desburocratização, facilidade, impostos mais baixos.
A pauta do desenvolvimento econômico foi incluída na mesma secretaria que trata de meio ambiente, agricultura e turismo. E o indivíduo escolhido para comandá-la é o dirigente de um partido comunista, não é genial? Só na cabeça de Rogério Lisboa um comunista pode comandar políticas públicas de desenvolvimento econômico.
MUDANÇA
Mudar esse quadro não é fácil. A tarefa, porém, torna-se impossível com a manutenção dos quadros de poder na cidade. Não há nenhum político com mandato nesta cidade, seja na Câmara Municipal ou na Prefeitura, com capacidade para fomentar um cenário que transforme o ambiente de negócios desta cidade cuja vocação empreendedora está no seu DNA, basta conhecer nossa história.
Eis o mecanismo perverso de manutenção da miséria, da pobreza, da péssima qualidade de vida, do desemprego, enfim, da decadência de nossa terra.