Este artigo sobre um projeto de consenso surgiu de um episódio na última quinta-feira, 03 de agosto. Na ocasião, entrei no ar no programa Tropical em Ação, comandado pelo radialista Reginaldo Barbosa e que conta com a participação do analista Ornison Fernandes. Pelas ondas da principal rádio da Baixada Fluminense, a Rádio Tropical, ocorria um debate sobre Turismo e abordou-se o potencial turístico de Tinguá.
Atualmente, estou no comando do Partido Liberal (PL) de Nova Iguaçu e, no programa, participava o vice-presidente municipal do Partido dos Trabalhadores (PT), Sebastião Wagner Berriel. Em vista disso, aproveitei a ocasião em que o programa tinha no ar representantes de dois partidos diametralmente opostos do tabuleiro político nacional para propor uma ideia à cidade de Nova Iguaçu.
CIDADE PARTIDA, TRISTE TRADIÇÃO
Conforme já escrevi em mais de uma ocasião neste espaço, Nova Iguaçu é uma cidade partida, dividida, desconhecida de si mesma. E não é uma divisão apenas social ou político ideológica. Há um sem número de causas para nossa divisão e essa indiferença entre os cidadãos já se tornou uma cultura.
SERÁ QUE CONSEGUIMOS?
E no propósito de romper essa cultura e esse cenário, indaguei no ar no programa: será que nós, iguaçuanos, não conseguimos ter um, pelo menos um objetivo em comum? Vejam bem, não estou propondo nada complexo, nenhum desafio que demande uma teia de interesses a serem rompidos. Não.
Será que nós conseguimos unir todas as classes sociais, todas as religiões, todos os partidos, patrões e empregados, homens e mulheres, tricolores, botafoguenses rubro-negros e vascaínos, papagaios e periquitos em torno de um pequeno objetivo em comum?
UMA META PARA PROMOÇÃO DO TURISMO DE TINGUÁ
Minha intervenção no programa se deu no momento do tema do turismo de Tinguá. E isso se deu porque me parece que dentro desse setor econômico do turismo e dessa região de nossa cidade teríamos condições de pensar em um projeto consensual. Não estou falando de um plano de turismo para Tinguá. Isso seria algo complexo demais para um consenso. Porém, podemos lutar por uma pequena meta comum que rompa com essa má tradição da falta de diálogo.
Um projeto mínimo que não prejudique interesses complexos, que não tenha empecilhos ideológicos, que ajude a produzir riqueza, trabalho e renda, que seja sustentável, eficiente e viável. Enfim, uma meta que não tenha grandes obstáculos e que promova algum benefício socioeconômico. Pelo menos uma, para provarmos para nós mesmos que sim, nós podemos dialogar e nos entender.
ENTENDIMENTO INCOMUM
Dentro do arco político que vai da Direita (ali representada por mim) à Esquerda (representada pelo Sr. Berriel) houve concordância no programa de rádio. Concordamos de que esse é um bom caminho a trilhar para uma experiência positiva para Nova Iguaçu. Em um país dividido entre lulistas e bolsonaristas, vejam bem, já é um bom começo para essa ideia.
VAMOS, NÓS PODEMOS
Aos demais dirigentes partidários, aos sindicatos patronais e de trabalhadores, às associações de classe, aos líderes religiosos, aos papagaios e periquitos, enfim, a todos os homens e mulheres de boa vontade e que desejam ver a cidade avançando. Assim, deixo aqui o convite por um projeto de consenso. Vamos buscar uma, pelo menos uma meta comum. E alcançá-la JUNTOS.