Com a partida do Papa Francisco para a Eternidade, os olhos do mundo se dirigiram para Roma em uma convergência que nos relembra, pela 267ª vez, a importância do papado. E nos leva a perguntar: o que há em uma instituição milenar e, por isso mesmo, conhecida e previsível, para atrair a atenção em um mundo tão rico em distrações?
Até há bem poucos dias, se o Sr. Robert Prevost passasse pela maioria dos batizados pelas ruas de qualquer cidade do mundo, ele sequer ouviria um “bom dia”. Sua batina ainda não era branca. Ele era apenas mais um.
Contudo, uma vez que a silenciosa fumaça branca o anunciou e que, minutos depois, ele apareceu na sacada, tudo mudou. Eis ali, mais uma vez, o líder dos apóstolos de Jesus Cristo comunicando o Evangelho para o mundo: “a paz esteja com todos vocês”.
Não era ouro, nem prata. Era muito mais do que isso que Pedro tinha para nos trazer, mais uma vez.
Fecha o pano em Roma. Abram-se as cortinas em Nova Iguaçu.
Dia 20 de maio, uma belíssima celebração na Catedral de Santo Antônio. Centenas de pessoas prestigiando o homenageado após um dia de trabalho. Bispos, presbíteros, diáconos e o povo. Além de um cardeal, recentemente chegado de Roma. Todos homenageando, com justiça, o jubileu de prata de nosso bispo emérito, Dom Luciano, a convite do bispo diocesano, Dom Gilson.
Em Roma e em Nova Iguaçu, a celebração da unidade. A unidade da Igreja universal em torno do papa, a unidade da Igreja local em torno de seu bispo emérito e de seu bispo diocesano.
Mas, qual o amálgama dessa unidade? Refaço a pergunta do primeiro parágrafo: o que atrai a atenção do mundo e da cidade para seus pastores?
A resposta é Cristo que, aliás, costuma ser a resposta para todas as perguntas. No sinal de unidade que esses pastores representam, ali está Jesus Cristo, fonte de toda ordem, de toda unidade, de toda convergência, de toda paz entre os homens.
A Igreja é fundamentalmente unidade, porque é fundamentalmente Pedro em “Mateus 16, 18” e porque seu fim é Cristo.
Termino com uma história contada pelo Cardeal Tagle em um vídeo que roda aí pela internet nos últimos dias. Nele, Sua Eminência revela que durante algum tempo se perguntava por que os jovens sempre lhe pedem autógrafos ou selfies se ele não é nenhuma celebridade, mas apenas um bispo, um pastor.
Ele revela que a resposta veio de um jovem que revelou-lhe que uma camiseta sua, autografada por Dom Tagle, dormia junto dele, todas as noites, debaixo do travesseiro. A razão? Há muito tempo afastado de seus familiares, o jovem sentia, com naquela camisa autografada pelo bispo, que pertencia a uma família, uma grande família chamada Igreja. Que tem um Pai no Céu, mas que por decisão Desse Pai, também tem pais na Terra: seus apóstolos.
Então, vivas aos bispos! Viva o Papa! Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.